Superintendente faz terror e ameaça funcionários com terceirização

A nova superintendente da área de crédito consignado do Itaú tem realizado verdadeiros rituais de maus tratos e terror contra os funcionários lotados no chamado prédio do aço, na zona sul. O pânico começou após a utilização da metodologia Kaizen – aumento da produtividade e redução dos custos –, que teria recomendado a terceirização do setor.

“O banco acabou de fazer um Kaizen, e depois essa gestora reuniu um grupo de funcionários e declarou que praticamente toda a área seria terceirizada, e que haverá demissões. As pessoas estão em pânico. Ela (superintendente) sabia que esse Kaizen era para terceirizar, mas isso não foi comunicado à equipe que liderou o método e realizou as respectivas reuniões, e que é do próprio setor. Há uma perseguição aos trabalhadores, um clima insustentável no consignado. Basta ver o aumento do adoecimento dos colegas”, relata um bancário.

Um outro trabalhador diz que antes de os funcionários serem transferidos para o prédio do aço, vindos do ITM e do Ceic, a mesma superintendente indagava, já com ameaças de terceirização: “vocês estão com medinho de irem para o aço?”.

O Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região, que recebeu uma série de denúncias de bancários da área de crédito consignado, rechaça esse tipo de assédio e cobra da direção do banco esclarecimento e um posicionamento sobre a ameaça de terceirização do setor.

“Bancários estão sendo constantemente assediados e ameaçados por essa superintendente. Essas pessoas estão apreensivas, sem saber se serão terceirizadas, transferidas para outro local ou demitidas. Já havíamos cobrado e o banco havia julgado a denúncia improcedente e não tomou providências relativas ao assédio praticado pela superintendente. Como o problema continua, vamos continuar cobrando uma providência da direção do Itaú”, ressalta o dirigente sindical e bancário do Itaú Fábio Rogério Pereira.