Superintendente expõe terceirização no Banco do Brasil
Em live com o novo presidente, Fausto Ribeiro, o superintendente do Banco do Brasil (BB) em Mato Grosso, Oberti Finger, não fez nenhuma questão de esconder que todas as operações de crédito para pequenos agricultores são realizadas em seu estado através de correspondentes bancários, e não em agências.
No vídeo que circula na internet, Finger diz: “Quem olha de fora, parece que o Mato Grosso só trabalha com grandes empresários, mas 30% da nossa carteira do agronegócio é composta por pequenos produtores, e 100% das operações são acolhidas por cobans (correspondentes bancários)”.
Para o presidente da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil, João Fukunaga, o uso de cobans para realizar o trabalho de bancário é uma estratégia de enfraquecimento do banco e precarização do trabalho, já que o correspondente não tem direito a todas as conquistas e direitos clausulados na Convenção Coletiva de Trabalho da categoria bancária.
“O novo presidente do BB afirma que valoriza os funcionários, mas a fala do superintendente não deixa dúvidas de que o desmonte é um projeto do governo de Jair Bolsonaro. Ao invés de contratar mais para reduzir a sobrecarga de trabalho que pesa sobre os bancários, o banco terceiriza as funções e esvazia ainda mais a importância do Banco do Brasil e de seus funcionários”, criticou.