São Paulo lança Frente Contra a Privatização e em Defesa da Soberania Nacional
A Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo realiza na manhã desta quinta-feira (19) uma audiência pública para lançar a Frente Contra a Privatização e em Defesa da Soberania Nacional. O objetivo é se contrapor à política privatista implantada tanto pelo Governo Federal, quanto pelo Estadual. A audiência foi solicitada pela liderança do PT na Alesp.
A iniciativa vem se somar à frente parlamentar já instalada na Assembleia Legislativa para o debate sobre a Privatização e em Defesa do patrimônio e dos Serviços Públicos de Qualidade, por proposta da deputada Leci Brandão (PCdoB), e à Frente Parlamentar Mista do Senado e da Câmara dos Deputados, lançada durante o Seminário Soberania Nacional e Popular, realizado no início de setembro.
No final de agosto, o governo Bolsonaro anunciou a privatização de 17 empresas públicas, entre elas Correios, Eletrobras, Companhia Docas do Estado de São Paulo, Ceagesp e Dataprev, além da Caixa Econômica Federal, do Banco do Brasil e da Casa da Moeda.
Privatizações em São Paulo
No estado de São Paulo, o primeiro projeto enviado à Assembleia Legislativa pelo governador João Doria tratou da venda, fusão e extinção de várias empresas estaduais que faziam parte do sistema de planejamento e desenvolvimento e atendimento da população do Estado de São Paulo. Das empresas disponibilizadas ao mercado pelo governador João Doria, a CPOS (Companhia Paulista de Obras e Serviços) assinou 54 contratos de prestação de serviços em 2017, no valor de R$ 65,6 milhões. Na ocasião das discussões do projeto do governador, os deputados alertaram para o fato de que a privatização da Prodesp significa a venda de todos os bancos de dados e sigilos de todos os cidadãos paulistas. Assim como a Imesp é responsável pela publicação dos atos oficiais do governo. Em 2017, a empresa arrecadou R$ 350 milhões.
Segundo pesquisa do Instituto Datafolha, 67% da população se opõem à privatização das empresas públicas. A privatização da Petrobras enfrenta maior oposição: 65% não concordam com a venda da empresa.