O que é ultratividade e por que nossos direitos têm de ser defendidos
PLR, Vale-Alimentação, Vale Refeição, auxílio-creche, adicional por tempo de serviço, licença maternidade estendida... Estes e todos os demais direitos contidos na Convencção Coletiva de Trabalho (CCT) dos bancários precisam estar garantidos após 31 de agosto de 2020, por causa do fim da ultratividade. E para isso precisamos esta conectados e mobilizados.
A lei trabalhista encomendada ao governo Temer pelo setor patronal, e que entrou em vigor em novembro de 2017, destruiu vários direitos dos trabalhadores. Um deles é o fim do princípio da ultratividade, que garantia a validade de um acordo coletivo até sua renovação. Assim, a CCT dos bancários perderia sua validade em 31 de agosto deste ano, um dia antes da data base da categoria.
A proibição da ultratividade é muito prejudicial aos trabalhadores. Isso porque, por causa da complexidade na negociação coletiva, muitas vezes a renovação da CCT ou dos Acordos Coletivos de Trabalho (acordos específicos de bancos) não ocorrem dentro do período de vigência do instrumento em vigor. Com isso, não há garantia de recebimento dos direitos/benefícios previstos nos documentos.
Por esta razão, uma das prioridades da Campanha Nacional dos Bancários 2020 será garantir a ultratividade da CCT e dos ACTs. Esta é apenas uma das razões para que a categoria bancária se mantenha mobilizada e conectada na Campanha Nacional dos Bancários 2020, que está sendo realizada mesmo em meio à pandemia do coronavírus.
Ultratividade: são os seus direitos que estão em jogo!
“A distância não irá nos limitar, e a mobilização de todos os trabalhadores será fundamental para pressionar os bancos a renovarem a Convenção Coletiva de Trabalho”, afirma Ivone Silva, presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região e uma das integrantes do Comando Nacional dos Bancários, que irá negociar a renovação da CCT.