Inflação cai para 0,61% em abril; para quem ganha menos, índice é 0,53%

 

A inflação desacelerou no mês de abril, segundo a pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada nesta sexta-feira (12). O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial ficou em 0,61%, uma queda de 0,10% em relação ao mês de março com 0,71%.

Ao longo dos primeiros quatro meses de 2023, o acumulado da inflação é de 2,72%. Já nos últimos 12 meses, acumula alta de 4,18%. Na comparação de abril deste ano com o mesmo mês em 2022, a inflação caiu quase pela metade. No ano passado estava em 1,06%.
 

IPCA

O IPCA mede a variação de preços para quem tem renda de um a 40 salários mínimos (R$ 1.320 a R$ 52.800). Todos os preços pesquisados pelo índice oficial da inflação tiveram alta.

Os itens que menos subiram foram o do setor de transportes (0,56%), auxiliado pela queda dos preços dos combustíveis, de – 0,44%.  O etanol teve alta (0,92%), enquanto diesel (-2,25%), gás veicular (-0,83%) e gasolina (-0,52%) caíram.

Já o grupo saúde e cuidados pessoais acumulou 1,49% em abril e teve impacto de 0,19 ponto percentual no total do INPC. O índice foi puxado pelos preços dos remédios. Em 31 de março o governo autorizou reajuste de 5,60% nos preços dos medicamentos, que se refletiu na alta deste mês. Os planos de saúde também subiram 1,20% no mês passado.

Para o economista Gustavo Machado Cavarzan, da subseção do Departamento Intersindical de Estudos Socioeconômicos (Dieese) na Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramos Financeiro (Contraf-CUT), “a desaceleração teria sido ainda maior, não fosse o impacto da alta de 3,55% nos produtos farmacêuticos no mês. Esse fator não deve se repetir nos próximos meses. Alguns itens que vinham subindo fortemente nos últimos anos e prejudicando a vida da população tiveram queda no mês, como a carne, por exemplo, que teve redução de 0,45% em seus preços”.
 

Inflação menor para quem ganha menos

Pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que verifica a variação de preços para quem tem renda menor, de um a cinco salários-mínimos (R$ 1.320 a R$ 6.600), a queda da inflação em abril foi mais acentuada, ficando em 0,53% ante 0,64% em março. No acumulado do ano os preços para essa faixa de renda subiram também menos, 2,42%.
 

Juros precisam cair

Como avalia Cavarzan, “nesse cenário torna-se cada vez mais injustificável que o Banco Central (BC) mantenha a taxa de juros do Brasil no mais alto patamar do mundo, prejudicando o crescimento econômico, a geração de emprego e renda”. O economista também observa que, em sua última ata, o Copom, comitê do BC que determina a taxa básica de juros, a Selic, não deu nenhum sinal de que irá reduzir os juros.

“Pelo contrário, sinalizou que pode eventualmente até aumentar. O atual presidente do BC não tem desempenhado suas funções a contento. Nos últimos dois anos, a inflação ficou acima da meta, e as outras funções do BC, que devem fomentar a atividade econômica e o pleno emprego, não são nem levadas em consideração em sua atuação, e isso é extremamente prejudicial para a recuperação do país”, analisou Cavarzan.

Leia a reportagem completa no site da CUT.

A inflação desacelerou no mês de abril, segundo a pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada nesta sexta-feira (12). O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial ficou em 0,61%, uma queda de 0,10% em relação ao mês de março com 0,71%.

Ao longo dos primeiros quatro meses de 2023, o acumulado da inflação é de 2,72%. Já nos últimos 12 meses, acumula alta de 4,18%. Na comparação de abril deste ano com o mesmo mês em 2022, a inflação caiu quase pela metade. No ano passado estava em 1,06%.
 

IPCA

O IPCA mede a variação de preços para quem tem renda de um a 40 salários mínimos (R$ 1.320 a R$ 52.800). Todos os preços pesquisados pelo índice oficial da inflação tiveram alta.

Os itens que menos subiram foram o do setor de transportes (0,56%), auxiliado pela queda dos preços dos combustíveis, de – 0,44%.  O etanol teve alta (0,92%), enquanto diesel (-2,25%), gás veicular (-0,83%) e gasolina (-0,52%) caíram.

Já o grupo saúde e cuidados pessoais acumulou 1,49% em abril e teve impacto de 0,19 ponto percentual no total do INPC. O índice foi puxado pelos preços dos remédios. Em 31 de março o governo autorizou reajuste de 5,60% nos preços dos medicamentos, que se refletiu na alta deste mês. Os planos de saúde também subiram 1,20% no mês passado.

Para o economista Gustavo Machado Cavarzan, da subseção do Departamento Intersindical de Estudos Socioeconômicos (Dieese) na Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramos Financeiro (Contraf-CUT), “a desaceleração teria sido ainda maior, não fosse o impacto da alta de 3,55% nos produtos farmacêuticos no mês. Esse fator não deve se repetir nos próximos meses. Alguns itens que vinham subindo fortemente nos últimos anos e prejudicando a vida da população tiveram queda no mês, como a carne, por exemplo, que teve redução de 0,45% em seus preços”.
 

Inflação menor para quem ganha menos

Pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que verifica a variação de preços para quem tem renda menor, de um a cinco salários-mínimos (R$ 1.320 a R$ 6.600), a queda da inflação em abril foi mais acentuada, ficando em 0,53% ante 0,64% em março. No acumulado do ano os preços para essa faixa de renda subiram também menos, 2,42%.
 

Juros precisam cair

Como avalia Cavarzan, “nesse cenário torna-se cada vez mais injustificável que o Banco Central (BC) mantenha a taxa de juros do Brasil no mais alto patamar do mundo, prejudicando o crescimento econômico, a geração de emprego e renda”. O economista também observa que, em sua última ata, o Copom, comitê do BC que determina a taxa básica de juros, a Selic, não deu nenhum sinal de que irá reduzir os juros.

“Pelo contrário, sinalizou que pode eventualmente até aumentar. O atual presidente do BC não tem desempenhado suas funções a contento. Nos últimos dois anos, a inflação ficou acima da meta, e as outras funções do BC, que devem fomentar a atividade econômica e o pleno emprego, não são nem levadas em consideração em sua atuação, e isso é extremamente prejudicial para a recuperação do país”, analisou Cavarzan.

Leia a reportagem completa no site da CUT.