Fique atento: afastado com auxílio-doença não deve trabalhar de casa
O Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região recebeu informações de que trabalhadores do Santander afastados com auxílio-doença estariam recebendo ligações do banco com proposta para que trabalhem em regime de home office. O Sindicato alerta: não caia nessa! O afastamento é um direito assegurado pelo Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) e deve ser respeitado para assegurar a saúde do trabalhador.
“Segundo informações, o banco liga e pergunta se o bancário tem interesse em trabalhar em regime de home office. Procuramos o Santander, e o RH negou, disse que deve se tratar de algum engano e que esta possibilidade não existe no banco. De qualquer forma, orientamos os bancários afastados a não aceitarem, uma vez se encontram inaptos para o trabalho e não devem antecipar a alta”, orienta a diretora do Sindicato Silmara Silva, bancária do Santander.
A dirigente destaca que o auxílio-doença se trata de um benefício previdenciário concedido pela Previdência Social para quem ficou temporariamente incapacitado de exercer a atividade laboral por mais de 15 dias consecutivos, ou que dentro de 60 dias teve, pelo mesmo CID (Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde), afastamentos que somados ultrapassam 15 dias.
“Se você está afastado é porque está inapto para o trabalho, e seu tratamento médico tem de ser respeitado. Lembrando que com seu retorno antecipado ao trabalho, não há garantias legais caso você tenha complicações no seu quadro de saúde. Além disso, antecipar a alta pode interromper o processo de cura da doença. Só o médico assistente pode atestar seu retorno”, destaca Silmara.
A dirigente ressalta também que, caso o trabalhador queira antecipar a alta, ele precisa levar um atestado médico informando que está apto a um posto do INSS, onde, por sua vez, será feito um requerimento de alta voluntária. “Porém, o mais indicado é aguardar a alta. Não se iluda com possíveis propostas do banco”, reforça.
Silmara orienta os trabalhadores que estiverem sendo pressionados a voltar ao trabalho a denunciar ao Sindicato.