Executivo do Santander pede desculpas por crítica ao Sindicato e a trabalhadores noticiada em jornal

Um dia após o Sindicato dos Bancários de São Paulo enviar uma carta à direção do Santander exigindo explicações e rechaçando as declarações de Igor Puga (que responde pelo marketing do banco no Brasil) estampadas no jornal Folha de S.Paulo, o executivo pediu desculpas ao movimento sindical e aos trabalhadores do Santander oriundos do Banespa e do Banco Real. Segundo a publicação, Puga teria criticado, em um grupo de WhatsApp, o Sindicato por estar “forçando a barra”, pois a entidade questionou a decisão irresponsável do Santander de promover o retorno ao trabalho presencial de bancários em meio à pandemia do novo coronavírus (Covid-19). Ele ainda teria chamado de “oportunistas” trabalhadores oriundos do Banespa e do Real que “querem ser mandados embora” para receber grandes indenizações.

 

Nesta sexta-feira 22, o executivo, a vice-presidente de RH, Vanessa Lobato, e a responsável pelas Relações Sindicais do banco, Fabiana Ribeiro participaram de uma reunião, online, com a presidenta do Sindicato, Ivone Silva, e com as diretoras executivas Vera Marchioni e Maria Rosani, bancárias do Santander, além da presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira.

“Na ocasião, o senhor Igor Puga pediu desculpas ao movimento sindical e aos trabalhadores e alegou que o jornal utilizou a declaração fora de contexto. Afirmou ter o maior respeito pelo Sindicato e por colegas do Santander oriundos do Banco Real e do Banespa, o que consideramos em parte satisfatório. Porém, ele também deveria enviar ao jornal Folha de S.Paulo uma nota de esclarecimento, para que fosse publicada as explicações”, salienta Maria Rosani.

“Nós reafirmamos na reunião online o que está no ofício enviado ao Santander, que os banespianos e os oriundos do Real já mostraram sua ética e profissionalismo ao longo de todos estes anos e, por isso, merecem todo o respeito da direção do banco. Também acrescentamos que o banco tem de ter transparência com os trabalhadores, principalmente neste momento de tantas incertezas, e que a negociação é a melhor saída nesses casos. Neste momento de crise, não vamos aceitar quaisquer atitudes antissindicais”, acrescenta Ivone Silva.