Empresariado e mercado cobram ações de Bolsonaro diante da pandemia
Mais um alerta à paralisia do governo Bolsonaro diante das crises sanitária e econômica que empurram o país para o caos. Agora, mais de 500 economistas, banqueiros e empresários assinaram carta que alerta o presidente Jair Bolsonaro para os riscos que a pandemia traz para o país.
A carta enuncia uma afirmação que Bolsonaro e sua equipe negam até agora: “Essa recessão […] não será superada enquanto a pandemia não for controlada por uma atuação competente do governo federal. Este subutiliza e utiliza mal os recursos de que dispõe, inclusive por ignorar ou negligenciar a evidência científica no desenho das ações para lidar com a pandemia”.
O documento cobra quatro medidas do governo: aceleração do ritmo de vacinação; incentivo ao uso de máscaras; implementação de medidas de distanciamento social e criação de um mecanismo de coordenação do combate à pandemia em âmbito nacional, orientado por uma comissão de cientistas e especialistas.
Lockdown
“Até mesmo setores que antes apoiavam o governo agora estão preocupados com a paralisia de Bolsonaro diante da combinação das crises econômica e sanitária. É mais uma prova que o presidente é incapaz de apontar saídas para o Brasil. Aumenta a cada dia o setor que quer soluções urgentes diante da morte e da miséria. Com esse governo, essas soluções não virão. É por isso que as centrais sindicais estão chamando um lockdown nacional para esta quarta-feira (24). É a união dos trabalhadores contra a pandemia e suas graves consequências”, afirmou a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira, que participa da mobilização nacional desta quarta-feira.
Diante do agravamento da pandemia e na falta de iniciativa do governo para coordenar ações para defender a população, a CUT e demais centrais sindicais preparam para a quarta-feira (24) um “lockdown da classe trabalhadora”. A ideia é cruzar os braços por 24h em defesa da vida, por vacinas, auxílio emergencial de R$ 600, empregos e contra as privatizações do governo Bolsonaro.
A Contraf-CUT aderiu à essa iniciativa e convoca a categoria bancária para a mobilização. Para isso, os sindicatos da categoria organizam a partir desta segunda-feira (22) plenárias de base para preparar a mobilização.