De novo! Unidade de Negócios do Bradesco sofre novo assalto
O pânico voltou a assolar a agência do Bradesco Vila Regente Feijó (1242), na Zona Leste. Nesta quinta-feira 9, ocorreu mais um assalto naquela Unidade de Negócios.
O Sindicato dos Bancários de São Paulo vem alertando há muito tempo sobre esse modelo de agência que, além de prestar para a população apenas serviços essenciais, ainda gera insegurança aos trabalhadores com maior risco de assaltos.
“Muitos bancários sofrem constantemente com o medo de furtos e até mesmo ameaças de clientes insatisfeitos, seja por um crédito não aprovado ou coação, situações em que a existência de portas de segurança e vigilantes inibiram essas práticas. A alegação do banco para dispensar medidas de segurança é que esse modelo de agência não movimenta numerário. Mas a direção do Bradesco esquece que a vida é um bem maior, e para quem passa por uma situação dessas é desesperador”, afirma Márcio Rodrigues coordenador do coletivo Bradesco do Sindicato.
Assim que o Sindicato soube do crime, esteve presente no local para orientar os trabalhadores e garantir o seu fechamento até a garantia da normalidade.
Sindicato cobra emissão da CAT
O Sindicato seguirá acompanhando estes trabalhadores e todo o processo de atendimento psicológico. A entidade orienta a todos sobre a importância da abertura da Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT). A entidade ainda disponibiliza sua secretaria de Saúde aos trabalhadores
A CAT é emitida para reconhecer um acidente de trabalho, de trajeto ou uma doença ocupacional. O documento é importante pois registra a doença adquirida durante o trabalho na empresa – como transtornos de ordens psicológicas causadas por um trauma decorrente de uma ação violenta, como um assalto.
Insegurança nas Unidades de Negócios do Bradesco
O Bradesco está transformando diversas agências em Unidades de Negócios, reduzindo custos com segurança e vigilância. Em 12 meses, o banco fechou 242 agências e abriu 92 novas Unidades de Negócios. Por não possuir porta giratória e vigilante, este modelo se torna inseguro.
“Em um país como o Brasil, cujas desigualdades sociais se agravaram muito nos últimos anos, qualquer estabelecimento comercial tem segurança, até mesmo padarias, mercadinhos”, ressalta Márcio Rodrigues coordenador do coletivo Bradesco.
“As vidas desses trabalhadores estão em jogo. Um assalto pode causar síndrome do pânico ou vários outros traumas. É inadmissível que o banco nem sequer tenha garantido o fechamento da agência no dia seguinte ao assalto. A unidade foi reaberta como se nada tivesse ocorrido.
Os diretores e superintendente presentes após o assalto, não garantiram o fechamento desse local por um dia para recompor do pânico que cada um viveu naquele dia. Bradesco respeite os trabalhadores. Seguranças já nas Unidade de Negócios!”, finaliza o dirigente.