Coronavírus: bancários cobram mais proteção para a categoria

Em reunião com a Fenaban, realizada na segunda 13, o Sindicato e demais entidades representativas, articuladas no Comando Nacional dos Bancários, cobraram mais medidas de proteção para a categoria em meio à pandemia de coronavírus (Covid-19). Entre elas estão a disponibilização de equipamentos de proteção e higiene em todos os locais de atendimento; antecipação da campanha de vacinação contra a gripe; medidas para evitar filas e aglomerações nas agências; e a não aplicação, sem negociação com os sindicatos, de medidas provisórias editadas pelo governo federal (MP 927 e MP 936). 


Equipamentos de proteção 
Em relação à cobrança do movimento sindical para que sejam disponibilizados para todos os trabalhadores equipamentos de proteção como, por exemplo, máscaras e álcool gel, a Fenaban respondeu que todos os bancos adquiriram materiais em quantidade suficiente. Ou seja, máscaras, inclusive com proteção acrílica, e álcool gel em todos os locais de atendimento. 

Caso o bancário verifique a falta destes equipamentos na sua agência, ele deve entrar em contato imediatamente com o Sindicato (veja como no final da matéria). O sigilo é garantido. 

Vacinação contra gripe
Sobre a reivindicação de antecipação da campanha de vacinação contra a gripe, a Fenaban informou que ela teve início em São Paulo, nos locais de maior incidência de casos, nesta quarta-feira 14.

Agências superlotadas 
Outra preocupação exposta pela representação da categoria na negociação foi o aumento das filas em agências. Nas últimas semanas, em função do pagamento dos aposentados e da liberação do auxílio emergencial do governo, há relatos, em todo o país, de agências lotadas, com pessoas aglomeradas dentro e fora das instituições bancárias. 

"Os bancários precisam estar dentro das agências fazendo o atendimento e não há possibilidade de sair para organizar as filas e prestar esclarecimentos à população. Esta é mais uma razão para que os bancos atendam a nossa reivindicação de que só atendimentos considerados essenciais e inevitáveis sejam feitos de forma presencial, sempre mediante agendamento. Desta forma, filas seriam evitadas, protegendo assim bancários e usuários”, destaca a presidenta do Sindicato e uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários, Ivone Silva. 

A Fenaban ficou de levar a questão novamente para discussão com os bancos. 

Medidas Provisórias
Em relação às medidas provisórias editadas pelo governo Bolsonaro (MP 927 e MP 936) - que autorizariam a redução de jornada, salário e suspensão de contratos sem negociação com os sindicatos - o Comando Nacional dos Bancários cobrou, mais uma vez, que os bancos não as apliquem. 


“Reivindicamos, mais uma vez, que todas as negociação passem pelos sindicatos, para a proteção dos direitos dos trabalhadores. Nem a MP 927, nem a 936 ou qualquer outra implementada pelo governo pode reduzir direitos, com alteração de jornada e salários, sem uma discussão com o movimento sindical“, enfatiza a presidenta do Sindicato.  

O Sindicato orienta que os trabalhadores que forem procurados pelo empregador para acordo individual acionem imediatamente o Sindicato (veja como no final da matéria). O sigilo é garantido. 

"Há um mês, um dia após a OMS decretar pandemia mundial, o Comando Nacional dos Bancários enviou ofício à Fenaban com reivindicações urgentes, conforme recomendações de médicos e organizações nacionais e internacionais para evitar a disseminação da doença. Já avançamos em manter mais de 230 mil bancários tem casa, em sistema de home office, com mais de duas mil agências fechadas em todo o Brasil. Também conquistamos o compromisso dos três maiores bancos privados (Itaú, Bradesco e Santander) em não demitir durante a pandemia. Nossa luta é manter a saúde de todos. Para isso, é preciso avançar ainda mais, garantindo segurança aos bancários e também que seus direitos e conquistas sejam preservados”, conclui Ivone.