Contraf-CUT reivindica prorrogação do Projeto Remoto na Caixa
A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), assessorada pela Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa), enviou ofício nesta quinta-feira (16) à Caixa Econômica Federal solicitando a prorrogação do projeto teletrabalho enquanto perdurar a pandemia do novo coronavírus (Covid-19). Depois de frequentes cobranças do movimento sindical, a Caixa anunciou, no início do mês, a prorrogação do Projeto Remoto até o dia 17 de julho.
A CEE/Caixa critica comunicado enviado pelo banco nesta semana. “Diante da informação que a Caixa deixa a cargo de cada gestor a prorrogação ou não do Projeto Piloto, o que, na prática, é o fim do isolamento social, os representantes dos empregados registram a discordância com a atitude da Caixa. Reiteramos a necessidade de retomada das negociações entre os representantes da direção da Caixa com as entidades representantes dos empregados para efetivamente fazer valer os protocolos sanitários e de proteção”, diz o documento.
O texto salienta ainda que “há de se considerar, inclusive, que não há indicativos das autoridades sanitárias de que as curvas de contaminação e de óbitos estejam descendentes. Contrariamente a isso, se elevam e indicam, fortemente, a necessidade de manutenção da proteção aos empregados. Portanto, e muito claramente, os empregados esperam a reversão dessa medida e que se restabeleçam as negociações com as entidades sindicais para que sejam implementadas e aprimoradas as medidas constantes no Protocolo de Intenções de boas práticas frente à Covid-19.”
Projeto Remoto
O “Projeto Remoto” é um dos principais itens do protocolo de atuação de gestores e empregados. A medida, construída em conjunto com as entidades e o movimento sindical, é essencial para promover a saúde e defender a vida dos empregados e da população durante a pandemia.
Dionísio Reis, coordenador da CEE/ Caixa, exalta o trabalho remoto por ser muito importante para os empregados e seus familiares num primeiro momento, e consequentemente para a população, pois evita a contaminação e propagação do vírus. “O confinamento de pessoas em ambientes fechados, sem restrições de barreira entre as estações de trabalho, bem como uso coletivo de elevadores e outros ambientes, ampliam consideravelmente o risco de contaminação. O retorno dos empregados nesse momento é um desrespeito aos trabalhadores e vai na contramão de uma direção que se diz preocupada com as pessoas.”