Centrais sindicais protestam contra MP 905 do governo Bolsonaro

CUT, CTB, Intersindical e demais centrais sindicais protestaram na manhã desta quinta-feira 13, no centro de São Paulo, contra as mais recentes medidas editadas pelo governo Bolsonaro que atacam frontalmente os direitos dos trabalhadores. São elas a Medida Provisória 905 e o Plano Mais Brasil. 

O ato se concetrou na Praça Ramos de Azevedo, em frente ao Theatro Municipal, e marchou até a prefeitura de São Paulo, do outro lado do Viaduto do Chá, onde servidores municipais em greve estão acampados. 

 

Ernesto Izumi, diretor executivo do Sindicato e funcionário do Banco do Brasil lembrou que a MP 905 atinge diretamente os direitos dos trabalhadores bancários. 

 

“Ela praticamente liquida com a jornada de seis horas prevista na nossa CLT e demais acordos coletivos. E além disso abre espaço para discussão de participação nos lucros e resultados sem negociação com o sindicato, de uma forma impositiva pelas empresas.”
Luiz Claudio Marcolino, ex-presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região e ex-deputado, ressaltou que o ato serviu para dialogar com a população sobre as medidas que ele classificou como “atrocidades”. 

“[O governo Bolsonaro] Já mexeu com a Previdência Social e agora [com a MP 905] vai ter uma diferenciação de trabalhadores. Trabalhadores que vão ter 2% de contribuição [sobre o salário] para o FGTS, multa de rescisão de 20%, ao invés de 40%, o governo quer acabar com o FAT, acabar com o FGTS, desmontar a estrutura de saúde e educação, que tem um percentual constitucional. Estes ataques tem que ser barrados”, afirmou.