Aula sobre legislação, democracia e luta da classe trabalhadora encerra 36º Conecef
O 36º Congresso Nacional dos Empregados da Caixa Econômica Federal (Conecef) acabou, na tarde deste sábado (11), com uma verdadeira aula. Uma aula de legislação, uma aula de democracia, uma aula sobre a luta da classe trabalhadora. E, o mais importante, uma aula diferente das que estamos acostumadas com assuntos que podem ser consideradas maçantes devido a sua complexidade. O advogado, ator, escritor e digital influencer, Caio Blanco, conseguiu descontrair na explanação do tema, sem perder o foco na didática.
O palestrante abordou temas como a promulgação a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), em 1943, que foi o resultado da luta dos trabalhadores e das suas reivindicações contundentes. “O 13º, as férias remuneradas, as horas extras. Todos esses direitos trabalhistas são frutos não de um processo natural, da nossa política e da nossa democracia. Mas, são consequência direta da organização de determinada classe em busca de melhores condições de vida, frente aos poderosos exploradores. É resultado de luta árdua, de organização coletiva dos trabalhadores, como nós, cujo os objetivos eles só podem ser alcançados, quando nós nos entendemos como classe e vamos à luta, juntos”, disse. “Direito nenhum é dado, todo direito é conquistado. E foi preciso existir uma profunda luta social, para a conquista dos nossos direitos”, completou.
Caio Blanco chamou atenção para o um ponto que considera importante. “Eu preciso que você compreenda que a luta nunca termina. Pelo contrário, ela exige que estejamos cada vez mais fortes e atentos. Nós vivemos hoje um processo político e econômico que visa a destruição de diversos direitos que foram conquistados ao longo dos anos através de muita luta.”
Ao encerrar, Blanco deixou um recado. “Todos juntos somos capazes de mudar o mundo. Olhem para vocês, vocês são os maiores exemplos disso. Empregados de uma instituição pública que muda a vida da parcela mais pobre da população brasileira todos os dias, atrvés de ações com forte viés social. Todo poder emana do povo, mas uma engrenagem não faz a revolução. É por isso que se queremos garantir os direitos conquistados e lutar por mais direitos, a gente deve fazer tudo isso juntos. É por isso que precisamos entender que nós importamos, que nossa luta importa e é ela que muda o mundo. Hoje gostaria de terminar a minha fala dizendo que eu estou ao lado de vocês, reafirmando que nenhuma luta é perdida enquanto estamos ao lado das pessoas que pensam e resistem pelas mesmas causas que nós. A minha esperança é que todos nós tenhamos consciência do nosso lugar na luta por nossos direitos.”