Análise comprova eficácia de álcool em gel disponibilizado pela Caixa
Em julho, a Apcef/SP recebeu denúncia sobre suspeita de baixa qualidade do álcool em gel disponibilizado pela Caixa aos empregados e clientes para higienização das mãos por ocasião da Covid-19. Por este motivo, solicitou, em um laboratório escolhido pelas entidades que representam os bancários, análise para aferir o teor de etanol do produto.
Na segunda-feira (14), o Centro Tecnológico de Controle de Qualidade Falcão Bauer enviou o relatório da análise clínica realizada entre 14 de agosto e 14 de setembro às entidades que representam os bancários. De acordo com o documento, o teor de etanol da amostra era de 75,10%, dentro do aceitável.
Baixo teor de álcool etílico
De acordo com a denúncia recebida, a Caixa fez a compra de 3.940.000 litros de álcool em gel higienizador de mãos para suprimento das unidades da Caixa, em âmbito nacional, da empresa Wave Cleaner. A empresa fornecedora, de Itajaí/SC, sofreu uma Interdição Cautelar em função de um lote de álcool 70 ter apresentado resultado “insatisfatório”.
A análise feita pelo Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen) do Rio Grande do Sul, concluiu que o álcool em gel higienizador de mãos da empresa Wave Cleaner continha entre 35,6% e 48,5% de teor de álcool etílico, contrariando resolução da Anvisa, que prevê um mínimo de 70%. O Ministério Público do Rio Grande do Sul recomendou o recolhimento do produto.
“Por causa da possibilidade de empregados, terceirizados, clientes e usuários estarem utilizando um produto ineficaz e, principalmente, de estarem correndo grave risco de contaminação no local de trabalho, solicitamos à Caixa documentação que comprovasse a eficácia do álcool”, contou o diretor-presidente da Apcef/SP, Kardec de Jesus Bezerra. Em resposta, a Caixa encaminhou diversos documentos atestando a qualidade do álcool em gel comprado pelo banco público, entre eles, avaliação de atividade bactericida, relatório de análises, liberação de lote.
Para que não houvesse qualquer dúvida sobre a eficácia do produto comprado pela Caixa e utilizado em São Paulo, a Apcef/SP decidiu, então, também solicitar a análise.