Ajuda trilionária do governo beneficia bancos privados e escancara descaso com o povo

O governo brasileiro demonstrou, mais uma vez, quem pretende proteger e beneficiar. Mesmo diante de uma crise mundial de saúde com a pandemia do novo coronavírus, a equipe econômica de Jair Bolsonaro segue amparando, desta vez com R$ 1,216 trilhão, os bancos privados. No último dia 23, o presidente do Banco Central anunciou ajuda a um dos únicos setores da economia que, com lucros anuais cada vez maiores, não passam por crise.

O pacote de medidas trilionário injetou o equivalente a 16,7% do Produto Interno Bruto (PIB) e é quase 10 vezes maior que o valor aplicado durante a crise financeira mundial de 2008, cujo montante foi de R$ 117 bilhões. A soma impressiona, inclusive porque a mesma equipe econômica pretendia ajudar trabalhadores informais e autônomos com apenas R$ 200 de auxílio emergencial.

A disparidade das medidas econômicas adotadas revelam a face perversa deste governo, cuja meta é claramente financiar a manutenção dos altos lucros dessas instituições financeiras privadas. Os bancos públicos, por outro lado, foram alvo de ataques privatistas de Bolsonaro e sua equipe desde o início do governo e, mais uma vez, se mostram fundamentais para garantir direitos sociais a toda a sociedade brasileira.

Num cenário em que as discrepâncias ficam mais evidentes, a pauta da tributação das grandes fortunas ganha ainda mais força no país. Nesta segunda-feira (13), a Frente Brasil Popular e a Frente Povo Sem Medo iniciaram a campanha Taxar Fortunas para Salvar Vidas por meio de um abaixo-assinado. A proposta visa taxar lucros e dividendos das pessoas físicas detentoras de cotas e ações de empresas; instituir alíquota sobre os lucros remetidos ao exterior; e cobrar imposto sobre grandes fortunas, previsto na Constituição Federal, entre outras medidas.