A Justiça do Trabalho é a salvaguarda do trabalhador
O Sindicato dos Bancários do Piauí participou, na semana passada, da 5ª edição do Cesta Jurídica, com o tema “Os novos paradigmas do Direito Coletivo”, ao lado de diversas entidades sindicais.
“Enquanto houver trabalho, haverá Justiça do Trabalho”, assim o desembargador Francisco Meton Marque de Lima, do TRT-PI-22. O desembargador frisou que enquanto houve civilização, haverá trabalho e um instrumento jurídico que o regula, que julga essas questões, não importa o nome que lhe dê. “A Justiça do Trabalho é o último bastião onde o trabalhador busca seus direitos. Se destruir a Justiça do Trabalho o trabalhador vai ficar realmente desprotegido. É um grande perigo para a Ordem Social do Brasil. Não existe Estado sério, sem trabalho. Destruir esses instrumentos é muito perigoso que o país entre em colapso social, em desordem e violência”, disse.
O procurador regional do Trabalho do Ceará, Gérson Marques, apresentou a palestra “As novas tecnologias e o impacto no sistema sindical”. Uma explanação pertinente e provocativa sobre a necessidade de novas relações no meio sindical. “A estimativa do IBGE, dados de 2015, é que a média de filiação aos sindicatos é 16% da classe empregada. Imagine com essas tecnologias em que os trabalhadores não estrão mais vinculados fisicamente às fábricas. Esse percentual vai cair e com isso o sindicato perde uma parte considerável de sua legitimidade, representatividade e representação. Se enfraquece.
O Sindicato precisa pensar em ampliar sua representação, para todos os trabalhadores, não só os empregados e também se relacionar melhor com essas novas tecnologias, ter plataformas sindicais, pensar em assembleias virtuais, eleições, criar estímulos para que esses trabalhadores se filiem. Utilizar a tecnologia a favor do movimento sindical”. O presidente do Sindicato dos Bancários do Piauí, Odaly Medeiros, avaliou positivamente o evento e as informações compartilhadas.
“O Seminário foi de extrema importância e necessário. Palestras muito esclarecedoras sobre como devemos nos organizar nessa defesa dos trabalhadores e do conjunto da sociedade. Precisamos defender a Justiça do Trabalho que vem sendo fragilizado pelo Governo Federal. Essa discussão foi muito importante e saímos de lá convictos de que os trabalhadores precisam mais do que nunca estar unidos para combater essa política adotada pelo Governo Federal de precarização dos sindicatos, das organizações sociais, da Justiça do Trabalho que visa implementar a política do grande empresário, do mercado. Minha avaliação é positiva, só precisamos colocar em prática”, concluiu Odaly.