12o. Congresso da FETEC-CUT/SP começa com celebração à vitória da democracia
A mesa de abertura foi composta pela presidenta da Federação, Aline Molina, pela Comissão Organizadora do Congresso (composta por Ivone Silva e Neiva Ribeiro, respectivamente presidenta e secretária-geral do SEEB SP, e Gheorge Vitti, presidente do SEEB ABC) e mais convidados.
O primeiro a falar foi o italiano Angelo Di Cristo, chefe de Departamento da Uni Finanças, que celebrou a vitória do Brasil contra o retrocesso. ‘’Vocês mostraram nessas eleições que podemos vencer o obscurantismo. A vitória de Lula mostra a força do povo brasiliero. Sou italiano e na Itália venceu a extrema direita mostrando que, infelizmente, não temos memória. É muito importante a presença dos sindicatos em nível nacional. Estou muito feliz de estar com vocês nesse momento. Viva Lula, viva a Contraf, Viva a FETEC!’’
Neiva Ribeiro, secretária geral do Sindicato de SP, que faz parte da Comissão Organizadora do evento, disse que ''não vencemos só uma eleição, mas uma luta em defesa da democracia e das instituições brasileiras''. "Conseguimos fazer uma aliança em defesa da reconstrução do país. Todos neste Congresso são guerreiros. Vencemos o ódio só espalhando esperança e propostas de luta. A Fetec vai continuar defendendo o país".
Gheorge Vitti, presidente do Seeb ABC, membro da Comissão Organizadora do Congresso, homenageou os companheiros que partiram. Lembrou que a história da FETEC CUT SP é de muitas conquistas. "Levamos a bandeira da democracia e de dignidade para trabalhadores de todas as categorias. Uma das grandes marcas das gestões da FETEC é essa imensa unidade que nos permite avançar em nossa luta."
Edson Carneiro, o Índio, que já foi dirigente da FETEC há 30 anos, disse que o povo brasileiro inaugurou um novo momento do país com a eleição de Lula. "Fomos um ‘bunker’ de extrema direita mundial e a derrota de Bolsonaro é um grande feito para toda a classe trabalhadora, mas, acima de tudo, um feito para a humanidade".
"Temos uma chance extraordinária de fazer mudanças históricas no país, com Lula eleito defendendo os bancos públicos, as estatais, os direitos trabalhistas e, mais importante, extirpar a fome do país", concluiu.
Daniel Calazans, secretário geral da CUT Estadual celebrou a mobilização ferrenha em defesa dos trabalhadores e de todos os excluídos da sociedade brasileira. "Estamos diante de uma delegação de bancários e bancárias que são uma inspiração de organização para todo o país". Calazans destacou que neste mês da Consciência Negra é importante lembrar que é necessário um Brasil plural e "de um diálogo permanente nas redes e nas ruas".
Juvandia Moreira, presidente da Contraf CUT, lembrou que no Congresso de 2018 o clima era pesado por conta da vitória da extrema direita. "Hoje chegamos com outro clima e outra pauta, de igual grandeza, com Lula eleito, com nosso companheiro Marcolino eleito deputado estadual e com muito a fazer".
"Nossa vitória foi espetacular por tudo que estávamos combatendo nessa eleição. Disputamos com o uso da máquina pública, das fake news, os ataques em todas as instâncias, com assédio eleitoral dos patrões, a violência dos bolsonaristas. Foi uma vitória de quem defende o amor e a democracia".
Ivone Silva, presidenta do Seeb SP, saudou a companheira Juvandia Moreira na mobilização de toda a categoria durante a campanha. "Ganhamos a eleição porque as mulheres, em sua maioria, votaram em Lula. Mas vale lembrar que ainda é preciso mais mulheres ocupando espaços de poder. Destacou a importância da deputada Gleisi Hoffmann, que sofreu vários ataques em todo esse processo."
"Nós mulheres, negros, LGBTQIA+ e indígenas estamos em outro momento e vamos trabalhar muito para avançar ainda mais", disse Ivone.
Aline Molina, presidenta da FETEC CUT SP, fechou a mesa de abertura com um discurso emocionante.
''Ser mulher e ser preto nesse país é ter um alvo no corpo. Não é uma luta de uma categoria, é de todo um povo. E uma luta que teve um grande retrocesso durante o governo da extrema direita. Comando Nacional dos bancários salvou vidas durante a pandemia."
Vivemos um golpe de estado e um golpe misógino contra a presidenta Dilma. Ganhamos agora o direito de sonhar porque vemos o quanto de luta temos pela frente".
"Elegemos mulheres pretas, indígena, companheiras guerreiras."
"Dedico o Congresso às 450 mil pessoas que morreram por conta da vacina de Bolsonaro não comprou. Isso não pode passar impune. E vamos pra cima até que a justiça seja feita por eles. O Brasil foi sequestrado, então, nossa luta agora é resgatar nosso país que foi extremamente ferido nesses últimos anos".
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Fonte: FETEC-CUT/SP